First Thing We Do, Let’s Kill All the Lawyers
Sobre o primeiro episódio da segunda temporada de The Newsroom, acho que a primeira coisa a comentar é: Graças a Deus mudaram a abertura! A primeira era horrível, com umas imagens dramáticas e o background deprê. Ok, a música continua a mesma, mas deram uma aceleradinha nela e estão mostrando cenas que têm mais a ver com a rotina da série.
Bem, a segunda temporada começou confusa, como a maioria dos episódios começa. Não dava para entender nada: por que o News Night precisava de uma equipe de advogados? Por que estão questionando todo mundo? Meus Deus, POR QUE a Maggie fez aquilo com o cabelo dela e está com aquela cara de revoltada??? Bateu um desespero quando não sabia a resposta para nada disso. Então, ao longo do episódio, os flashbacks.
I want the fucking pijama people stop stealing it
Sempre achei interessante o fato de utilizarem notícias reais na série, o que dá uma contextualizada bacana. Depois de Will McAvoy ter chamado a Tea Party de “o Talibã americano”, Reese Lansing, presidente da emissora AWM, foi barrado na porta da Câmara de Deputados, onde deveria participar da reunião do SOPA (Stop Online Piracy Act). Achei ótimo a Leona falando “I want the fucking pijama people stop stealing it” – referindo-se à pirataria. Achei isso hilário.
O insulto de Will à Tea Party ainda resultou na sua retirada da apresentação do jornal durante o aniversário da tragédia do 11 de setembro, o que fez com que ele surtasse um pouco.
A tranqüilidade de Will na bancada, combinada com a agilidade da Mackenzie nos bastidores fazem o jornal que deixa a gente na maior empolgação. Eles estão cobrindo a Guerra na Líbia e as comemorações de quando Gaddafi é deposto, quando um produtor em New Hampshire quebra o tornozelo e precisa ser substituído. Jim pede para Mackenzie deixá-lo ir, só para ficar longe de Maggie, que é uma besta por estar nessa lenga lenga ainda.
Who’s Jerry?
Eis que começa a merda. Quando Jim parte para New Hampshire, um produtor de Washington o substitui no News Night, em Nova York. Jerry Dantana é um cara estranho, que não me parece confiável. Will não fica satisfeito com a mudança de produtor sênior, e com razão.
É engraçado o quanto Will e Sloan (ou “finance skirt”, como diria Charlie) são parecidos. Will precisa errar o nome de Jerry umas quatro vezes seguidas até acertar. Sloan passa pelos menos meia hora conversando com o produtor substituto, mas quando Will a pede para ficar de olho em Jerry, ela responde “Quem é Jerry?”.
Surge uma nova pauta: os ataques dos EUA a um veículo no Paquistão. Quem estava no veículo: o chefe da Al Qaeda no Paquistão. A notícia resulta num painel no News Night, que conta com Will, Sloan, um especialista em ética e um analista militar. Mackenzie queria chamar o analista militar que é uma fonte de Jim, mas Jerry insistiu em uma outra fonte: Cyrus West, que acabou estragando o painel. Sloan afirmava que era moralmente errado e caro utilizar de ataques como aquele, mas Cyrus diz que se importa mais com as vidas dos soldados americanos do que com os civis do Paquistão. Isso deixa Sloan possessa, enquanto Will apenas fica calado, o que não é comum. Ele simplesmente ignora a oportunidade de contra-atacar os argumentos do cara, o que deixa Mackenzie possessa. Mas essa ainda não é a história importante.
O tal Cyrus West promete fornecer a Jerry uma informação ultra sigilosa, que tem a capacidade de fazer carreiras e terminar presidências: Genoa.
Occupy Wall Street
Outra história foi introduzida já neste primeiro episódio: Occupy Wall Street. Trata-se de um movimento de protesto contra a desigualdade econômica e social, a ganância, a corrupção e a influência das empresas no setor financeiro do Governo dos EUA. Ele foi iniciado em 17 de setembro de 2011, no Zuccotti Park, em Manhattan.
Neal foi o primeiro a perceber a importância do movimento logo em seu início e participou da primeira reunião, no Tompkins Square Park. Esse plot não me pareceu tão interessante, até meio chato. O personagem interpretado por Dev Patel conhece uma das organizadoras do movimento (uma hipster aí) e tenta ajudá-la, aconselhando-a a dar um foco ao movimento, senão seria apenas uma piada. Ela não dá ouvidos e só fica criticando a mídia.
Jim – Maggie – Don – Sloan
E claro, toda série tem seus subplots romanticozinhos. Geralmente são triângulos amorosos, no caso de The Newsroom é um “quarteto amoroso”.
Don descobre que Maggie é apaixonada por Jim, porque, é claro, alguém postou no Youtube aquela declaração dela no último episódio da primeira temporada. Eu estava estranhando a demora para ele descobrir, já que é óbvio que uma declaração desesperada na frente de um ônibus cheio de turistas resultaria em um vídeo no Youtube. Pelo menos isso fez com que o Don finalmente admitisse que não gosta da Maggie, porque já estava na cara. Ele saiu do próprio apartamento e a deixou lá. Ela, como sempre, ficou com aquela cara de pastel, logo agora que o Jim está longe. Eu acho é pouco. Espero que quando ele volte, não fique correndo atrás dela.
Enquanto isso, a pobre da Sloan tem que lidar com a cara queimando na frente de Don depois de declarar que só não havia saído com ninguém ainda, porque ele não havia a convidado. Ela finge que foi de brincadeira, mas ele não compra essa. Eles devem se pegar, o que eu acho uma pena, já que continuo achando o Don chato demais pra ela. E ela é mais engraçada sozinha.
Mas ainda estamos sem saber toda a história que levou à situação do início do episódio. A Maggie com aquele visual horroroso provavelmente não está feliz e contente com o Jim. Os próximos episódios continuarão com flashbacks até chegar à cena com os advogados.
Por thafullin