Desnecessário, essa é a palavra que melhor define este episódio. Foram pouco mais de 40 minutos de plots desnecessários e desinteressantes. A cena inicial, dos dois irmãos sentados lado a lado e sendo confrontados pela figura materna, foi patética em termos de trama, mas até interessante no ponto de visto técnico, se é que posso chamar assim. Aquela tomada de câmera pouco usual na série se encaixou muito bem naquele momento. Pena que dramaticamente essa passagem não deixa muita coisa ao fã além de vergonha alheia.
Não entendo por que Deb se sujeita ao julgamento de Vogel. E nem por que Dexter acha que ela pode consertar seu relacionamento com a irmã. Ok, foi a doutora quem criou o código que guia a vida de Dexter, mas ela não deixa de ser uma total desconhecida pelos irmãos Morgan por causa disso.
A tentativa de double date é tão irrelevante que só vai merecer esta frase e esta foto na review (até demais, eu sei).
Voltando às tomadas de câmera, que parece que foram as únicas coisas legais desse episódio, destaco também a chegada de Dexter na Miami Metro. A cena onde ele sai do elevador com a câmera acompanhando o movimento de sua cabeça e a trilha incidental de fundo me fez lembrar muito os primeiros e bons anos da série. Já que a história não salva, nada melhor do que apelar pra memória afetiva dos fãs. Parabéns por isso, Showtime.
O sequestro de Vogel era tão óbvio que não sei porque Dexter e Deb ficaram surpresos. A mulher tava sendo perseguida e recebendo presentinhos do assassino serial da vez e era ÓBVIO que em algum momento o bad guy atacaria a doutora. É totalmente sem sentido ela permanecer tranquila em sua casa e não recorrer à proteção policial ou de uma empresa de segurança qualquer.
Também tivemos nesse episódio o desenrolar de mais uma investigação da polícia, fato que eu desprezo completamente, assim como o plot Quinn podendo ser sargento.
O episódio foi fraquíssimo e não trouxe nada de novo, pelo menos nada interessante e que acrescente à trama principal. Os vilões deste ano são fraquíssimos. Os assassinos e assassinatos são triviais e não assustam ninguém. Vogel, que tem potencial para colocar medo e provocar algum caos, até agora é apenas a figura maternal chata e sem sentido.
Ao fim desse episódio é que vi o quanto os produtores da série continuam covardes, mesmo no ano derradeiro de Dexter. Os vilões, assassinos, crimes e a velha fórmula não funcionam mais. Não dão medo. Não assustam. Não parecem mudar nada na vida do personagem. Na minha opinião, a única coisa que traria um suspiro de dignidade à série seria a descoberta (pela polícia) de quem Dexter é. Acho que só a fuga de Dexter da justiça traria algum aperto no coração ou medo pelo que pudesse acontecer, já que os vilões dos últimos anos são muito fracos e não chegam nem perto de ameaçar o super-herói Dexter (este superman sem kriptonita criado pelos produtores que não souberam manter a essência do personagem ao longo dos anos).
– Masuka e a filha. Harrison e o desenho. Batista e o novo sargento. Jamie e seu namoro nonsense com Quinn. Nada disso me interessa, sorry!
– E que chroma key horroroso da cena final. Era visível que os atores não estavam em alto mar, mas apenas num verde cenário de um estúdio em Los Angeles.
– E como Deb voltou rapidamente a correr atrás do irmão. O ódio durou três episódios e meio, como esperado por mim.
– E por que cargas d’água Dexter ainda não mudou a foto de Deb em seu celular? A imagem é a mesma da primeira temporada. Por favor né, Dexter! A mulher já passou por diversos cortes e cores de cabelo. Muda essa foto aí.
– E há algo que esqueci de citar na review anterior: A saída de Deb de seu inferno astral foi mostrada pela trama com a mudança do cabelo da personagem. É incrível isso. É super fácil parar de beber. É tranquilo se livrar do vício de cocaína. Mas fácil mesmo é fazer uma escova logo depois que você começa a ser tratada por uma mulher que você nunca viu na vida e que ainda por cima criou o código que guia a vida de seu irmão assassino
Por Débora Anício